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Friday, March 23, 2012

Nós, os românticos...

Hoje, enquanto as caraminholas não decidiam qual seria o próximo post, encontrei este rascunho (sim, a gente também escreve rascunho no computador). Quase deletei porque não estava com a menor inspiração pra escrever sobre "nós os românticos". A propósito nós quem?! Eu sou ímpar. Single, sol-tei-ra. Alone. Que motivação eu teria?


Mas romântico que é romântico sabe, não precisa de motivação. A própria desmotivação em si produz conteúdo romântico, melancólico.. Mas romântico. Basta um click e então o pensamento romântico voa em sonhos e imaginação. Pode ser uma cena singela, como um beijo roubado na rua, um casal andando de mãos dadas, uma entrega de flores, e pronto, o romântico esquece qualquer mau humor e seus suspiros flutuam pelo ar.


É fácil identificar os genes com tendências açúcaradas. Até a cena romântica mais previsível do mundo, faz parar a respiração do ser ao lado. Eles são sonhadores e poetas por natureza. São aqueles que guardam datas de aniversários de tudo, colecionam papéizinhos, gostam de escrever, são beijoqueiros, gostam de ambientes envolvidos por uma luz delicada e uma aura de nostalgia. E tem o gosto pelo açúcar. Sim, minha teoria é que o gosto pelo açúcar tem fundo romântico.


Outra deliciosa característica dos românticos é que eles sabem verdadeiramente ouvir uma boa música. Sabem se silenciar e deixar que aquele momento, aquela música, envolva toda a atmosfera. E mesmo estando só, seu coração estará em estado de graça. Se estiver acompanhado e feliz seu andar será como se estivesse nas nuvens.


Românticos apaixonados e correspondidos sentem o coração bater mais forte, o sorriso em geral (e insuportavelmente) não cabe no rosto. Já se estiver sofrendo por ter sido rejeitado, ou nem percebido, o coração fica pesado, o chocolate é seu melhor amigo e o lamuriê é total.


Românticos, especialmente ao lado da pessoa amada, não falam, cantarolam, sim,  como nos filmes da Disney: é um "laralalá" pra lá e pra cá... E fato, que depois de um tempo pode virar um "bláblá". Mas os românticos vivem o presente. E no momento presente eles parecem ainda carregar uma auréola. Diferente a dos anjos, esta é feita de flores onde um lindo e apaixonado casal de passarinhos, adivinhem...? Cantarola com o ser romântico!


Românticos são aqueles que se distraem para olhar o céu, procurar a lua, apreciar as árvores e canteiros de flores da janela do carro, enquanto os estressadinhos dos carros dos demais carros buzinam freneticamente se perguntando "este ou esta infeliz está dormindo?". Pergunta a qual os românticos responderiam (se tivessem percebido que a buzina era pra eles): "não senhores e senhoras estressadinhos, não estou dormindo, você está dormindo por não peceber como a lua está linda hoje e as árvores florida. Parece que a primavera chegou".

Tuesday, March 06, 2012

Stressadinhas em "shiiiiii a sessão vai começar"

Uma semana depois da entrega do Oscar, eu ainda estou na vibe do red carpet. Quase não sei conversar sobre outro assunto. Podem falar que é marmelada, que os prêmios europeus é que são sérios, etc. etc. Eu posso até concordar, e confesso, prefiro o formato do Golden Globe, mas continuo curtindo a entrega do Oscar e todo aquele glam, cafona, é fato, toda aquela pasteurização, piadas sem graça, muito pancake, discursos e homenagens previsíveis... E se você, como eu, assiste pela TNT, somam-se a isso a tradução descompassada e os comentários chatos do Rubens Edwald Filho. Um parêntenses:  eu o respeito, mas já deu né minha gente? Ele bem que podia apresentar um substituto ou convidar alguém bacana pra bater uma bola com ele. 


Enfim, não estou aqui pra falar dele, e sim do meu momento Oscar, que começa um mês antes com a maratona de idas ao cinema para dar conta de assistir aos indicados. Amém, a cerimônia acontece sempre depois do Carnaval, o que pra mim representa um feriadão com tempo para o cinema. Amém 2, é noite de domingo. Não saio de casa e só atendo telefone se for pra ficar de pipipi sobre vestidos e outros assuntos afins. Amém 3, este ano foi beeeem mais divertido porque consegui assistir boa parte dos indicados, então pude brincar de Rubens Edwald Filho (e reconheço, no fundo mesmo, eu queria ser como ele). 


O fato que tanto isso é verdade que confesso, em público, a empolgação maior para a 84a cerimônia, e motivo deste post: estou prestes a completar mil filmes já assistidos! Hããã?!!!! Como assim?! Sim mil, 1 mil, 1.000! Já assisti 999 filmes na minha vida! Pode não parecer muito, e não é, se eu me comparar ao Rubens por exemplo, mas se eu fizer as contas e dividir pela minha  idade atual, é como se eu tivesse assistido 22 filmes por ano desde que eu nasci, ou quase dois filmes por mês! O que, claro, não aconteceu, embora eu tenha começado cedo: minha primeira lembrança de filme de verdade é de um filme de ação onde aparecia um homem lindo, de moto, fugindo de algum lugar. Enquanto eu, tentava me manter acordada e fingia dormir ao mesmo tempo, no sofá da sala. Muito tempo depois descobri que este filme de ação era o clássico "Fugindo do Inferno", com Steve McQueen. Me recordo de algumas idas memoráveis ao cinema com a minha mãe, que era apaixonada e quem provavelmente me influenciou pelo gosto amoroso ao cinema: de Topo Gigio a Mazaropi, até chegar em "King Kong" (em sua segunda versão com Jessica Lange e Jeff Bridges), "Tubarão", e finalmente, meu favorito: "Star Wars", aos 11 anos. 


O fato é que, stressadinha e nostálgica que sou, um dia comecei a listar cada filme que eu assistia. Guardava o ticket do cinema ou da locadora, e anotava. Aí comecei a lembrar os filmes anteriores, que bons ou não, não haviam sido anotados. Resolvi dar uma chance pra eles. E nunca mais parei. Não lembro como, quando e porque comecei. Só lembro que não queria nunca esquecer os meus filmes favoritos. E finalmente, chegamos ao dia da cerimônia do Oscar faltando apenas um filminho para completar meus 1.000 filmes! 


Enquanto me encontro neste momento "falta só um", e que seja memorável, compartilho e comemoro dois filmes, os grandes premiados desta noite. Ambos homenageiam o cinema e me fizeram uma pessoa mais feliz nos últimos dias e com vontade de aumentar a lista para  2.000:

- "O Artista", The Artist, de Michel Hazanavicius
por que assistir: porque é mais que ir ao cinema. É mais que assistir a um filme. É uma experiência. Mas, aviso... É mudo. Sim, mudo. E preto e branco. Fui 'desavisada' e fui surpreendida pelo inusitado. Pra quem é tagarela como eu, assistir um filme mudo é difícil.Se eu não estiver falando alguém tem que estar. Mas sou persistente também, paciente e não largo nada pela metade. Grata surpresa. O filme 'segura', o figurino é lindo, e claro, a trilha é inspiradora e dá vontade de sair dançando. Arrisque. Surpreenda-se e assista, "O Artista". É um refresh no cinema.

- "A Invenção de Hugo Cabret", Hugo, de Martin Scorsese
por que assistir: primeiro por curiosidade, afinal, é do consagrado diretor Martin Scorsese. E em segundo lugar porque o filme, assim como "O Artista" é pura nostalgia, emoção, e uma linda homenagem ao cinema. Filme para adultos e crianças. É fato que tem um comecinho arrastado, mas depois ganha fluidez... E poesia. A fotografia é linda, o roteiro é bacana, resgata a magia do cinema!


Peça a pipoca, o chocolate não pode faltar, e shiiiiiiiiiii, a sessão vai começar.



Monday, February 13, 2012

EcoStressadinhas em Reciclar é Preciso

Sim meninas,  reciclar é preciso, e não estamos falando apenas de lixo, como plásticos, papéis, e etc. Isso, é item obrigatório até no currículo, assim como fazer, ou ter feito trabalho voluntário. Reciclar é preciso e confesso que já ouvi gente pensando até em reciclar ex-namorado.

Mas, vamos ao que interessa. Estamos falando aqui de reciclagem daquelas coisas que voce não usa mais, que estão lá paradas e mofando. Sim, você sabe do que eu estou falando: aquele monte de roupas que você não usa mais, e talvez nunca tenha usado, e que estão ocupando espaço e juntando poeira no seu guarda-roupas. E isto inclui sapatos, bolsas e bijuterias. Calma, não seja resistente e continue lendo este post. Você pode fazer isso de forma divertida, gratificante e talvez lucrativa!

Uma maneira divertida é promover um furdunço na sua casa. Convide as amigas mais chegadas e multiplique a ideia. Ofereça um lanchinho e inicie a sessão doação ou escambo... Eu explico: você tem uma sandália linda que sua amiga gostou, e ela tem uma echarpe vintage que vai ficar incrível com aquele casaco que você ama. Pronto, sandália por echarpe, e vice-versa. Mas se você  é do tipo apegada, respire fundo e cuide para não perder as amigas. As coisas podem não sair exatamente como você esperava. Outra opção, se você tem espaço, é promover um charmoso bazar para as mais chegadas que, claro, irão levar outras mais chegadas, e estas, outras mais chegadas. E no fim, você já tem um evento. Nada que chá mate gelado e vários saquinhos de biscoito de polvilho não resolvam, umas flores aqui e ali, um jeito especial de mostrar os produtos, e pronto, é reciclar o passado com charme vendendo seu desapego a preços honestos.

E claro, recicle doando para entidades, famílias e pessoas carentes, etc. É gratificante doar porque muitas pessoas precisam de verdade. Sou a favor e praticante. Mas, eu sei o que eu fiz no verão passado. E no inverno, e nas outras estações passadas. E você? E pra gente aprender a dar valor ao nosso suado dinheirinho, temos que olhar mais fundo para alguns maus hábitos e mais exatamente para os extratos do banco e do cartão de crédito. Então não basta doar e aliviar a consciência. Tem que ter um trabalhinho a mais de valorizar aquilo que você comprou sem necessidade, no impulso, na TPM, na carência.

Pensando assim, um dia, quando estava bem stressadinha, olhei a quantidade de coisas novas e seminovas no meu armário, sem uso há mais de um ano (!) e não tive dúvida. Coloquei o armário abaixo e fiz umas contas meio por cima de quanto dinheiro estava parado ali. E aí resolvi experimentar uma nova maneira de reciclar minhas roupas: levei tudo num brechó. Algumas eram peças muito legais e sabia que fariam sucesso. Além disso, abriria a possibilidade de alguém comprar uma peça legal com preço muito acessível. Onde você vai achar um vestido de festa, foférrimo, novo, da Maria Garcia, por R$150,00? E sapatos e jeans em ótimo estado, por R$65,00? Sem contar outras cositas legais, bem cuidadas e praticamente  novas.

Se você ainda não fez este exercício, respire e coragem. Limpe seu armário. Pode parecer difícil, eu sei, mas depois fará parte da sua vida e dos seus hábitos. Recicle além do óbvio. Recicle ideias, livros, hábitos, alimentação, e dê um refresh na vida.

Tem vários brechós legais e locais para doação. O Google ajuda a encontrar. Eu indico o brechó Madame La Marquise (onde desapeguei parte do meu guarda-roupas) http://on.fb.me/A5ZmGS  e o Lar Escola São Francisco http://larescola.com.br/wp/

Sunday, February 05, 2012

Não aceitamos cartões de crédito

Depois de um dia difícil de trabalho, a vontade é desaparecer, é sair correndo em busca de algo que faça a gente se sentir valorizada e o mundo voltar ao que era no minuto que você estava... Bem. Hoje tive um dia típico de estressadinha (e estressadinha que é stressadinha sabe do que eu estou falando, e por isso pensei neste blog*). Não é fácil levar raquetada sem entender o porquê e sem conhecer as regras do jogo (hellooo, uma caraminhola assopra, “as regras do jogo são estas, não serem claras”).
Não é o fim do mundo, e mesmo sendo uma “não consumista” (amém!), a vontade no fim do dia era arejar a cabeça e passear no shopping. Ah, ah é só para respirar e dar uma volta. Mentira. As lojas estão em liquidação e eu queria mesmo era uma desculpa para comprar um vestidinho que paquerava há um tempo. De quatro dígitos, passou para três dígitos. Mas eu mereço né? Por distração acabei parando em casa. Para fazer valer o pensamento de arejar a cabeça, liguei a TV procurando consumir algum para adoçar meus ânimos, e parei no canal que estava passando Delírios de Consumo de Becky Bloom.
A primeira vez que ouvi sobre este filme fui bem resistente. “Ah não!”, “Por favor! Que filme é esse?!” Até que um dia, vencida a resistência, assisti, me diverti e tive uma grata surpresa. O filme é simples e claro. Sem lição de moral e autoajuda. Cliché or not cliché, de forma bonitinha, o filme é sobre o comportamento de consumo desenfreado da mocinha Becky, shopaholic convicta, que um dia, se vê afogada num mar de dívidas, e por conta disso, afastada de pessoas importantes da sua vida. O ponto alto do filme pra mim é quando ela confessa que compra porque o mundo se torna melhor, mas depois, o mundo deixa de ser bom de novo. O ciclo é tão viciante que ela precisa comprar novamente. Um pensamento, por um mundo melhor, e uma confissão nobres. E eu, que queria um filme leve, senti que havia levado uma raquetada de novo. Quantas de nós não fazemos isso diariamente? Consumimos o dia todo procurando algo que torne nosso mundo melhor. Do brigadeiro ao vestido-que-não-vai-caber-no-armário.
A carismática Becky se dá conta no fim que o mais importante da vida, ainda bem, é ter relacionamentos de verdade, com pessoas, além do seu cartão de crédito. Outro pensamento nobre.
Como a Becky, hoje eu queria ir ao shopping e ver um mundo melhor. Não fui. Venci o cartão de crédito e sua promessa de felicidade. Eu poderia ter passado no shopping, comprado o tal vestido ou mais um vestido, e certamente chegaria feliz da vida em casa, imaginando o dia que eu desfilaria com ele, linda, confiante, e num mundo melhor. Até levar a próxima raquetada. Ainda bem que fui pra casa. Fechei a noite feliz da vida e sem dúvida de que, o mundo melhor está em se manter, primeiro, num bom relacionamento com a gente mesma. E este não tem preço e nem aceita cartão. Um pensamento nobre.


*ver o post http://bit.ly/y0zXTz

Stressadinhas no Cinema [4]

De volta a um dos meus assuntos favoritos, as dicas de filmes estão divididas em dois momentos muito habituais para as stressadinhas de plantão:

> por um sentido na vida: você já tirou o passaporte da gaveta, pesquisou viagens exóticas e muitos distantes com passagem só de ida. Você precisa de conteúdo. Nada de filminho. Assista naqueles momentos que você precisa deste "algo a mais" ou quando a terapia não rendeu, as amigas estão muito ocupadas, o chocolate acabou, enfim, você sabe.


"Shirley Valentine", direção Lewis Gilbert, com Pauline Collins e Tom Conti  (Shirley Valetine, 1989, Inglaterra/EUA, comédia romântica) 
Hello, você pode se perguntar, ou me perguntar: a dica é um filme de 1989?! Hã?! Eu explico. Ouvi falar deste filme e não tive curiosidade de ver na época, apesar de lembrar bem da minha mãe comentando o quanto ela adorou, e vez ou outra mencionava o filme. Fui para Grécia quase 10 anos depois, e lá ouvi falar do filme quando, sem saber, visitei uma das praias que havia servido de cenário. Shirley, é uma tradicional dona de casa inglesa que leva uma vida entendiante ao lado do marido.  Ela sabe disso. Ela conversa com as paredes, literalmente, mas não sabe como mudar e retomar seus sonhos e a direção da sua vida. Até que a oportunidade aparece. Com uma abordagem inusitada Shirley faz do espectador seu confidente, a medida que vai mostrando de maneira divertida como é possível sair do comodismo e viver a vida com vida.

> sessão da tarde: nem todo mundo consegue ficar zen. Esvaziar a cabeça não é fácil e estamos tão desacostumados que pode até doer. Então, o melhor é entrar em estado off, relaxar e dar risada.


"Hitch - Conselheiro Amoroso", direção Andy Tennant, com Will Smith, Eva mendes, Amber Valetta (Hitch, 2005, EUA, comédia romântica) 
Já imaginou um consultor "doutor do amor"? Alex Hitch (Will Smith) faz o papel de um "consultor"  muito bem sucedido que ajuda os homens a conquistar as mulheres de seus sonhos. É claro que o filme tem situações esperadas (quem se importa se você só quer dar risada), mas é bem realizado, inteligente e divertido.


Wednesday, September 15, 2010

kit sobrevivência para stressadinhas num dia de verão

Adoro calor. Sol. Mas confesso que fico meio stressadinha com, digamos, as consequencias do calor... Pensando nisso, já montei minha shopping bag com o kit sobrevivência para aguentar o forninho da cidade e a (má) qualidade do ar.

No kit de uma tarde de verão tem-que-ter  :

- SOMBRINHA fofa
Primeiro  e importante: guarda-chuva é guarda-chuva, sombrinha é sombrinha, por isso a gente fala sombrinha. Pra fazer sombra... Não tenha vergonha de sair na rua usando a sua, e se não tiver uma ainda, compre. Mas compre uma style, descolada. Ñão ligue para comentários como 'isso é coisa de vovozinha', ou 'de gente do interior'. Tsc tsc. Isso é coisa de gente civilizada, que mora num país tropical, com Sol, no mínimo, 300 dias no ano. Além disso, caso caia uma chuvinha (o que é provável ou improvável vai saber) você improvisa a sombrinha para um guarda-chuvinha (mas lembre-se um guarda-chuva jamais será uma sombrinha, mas uma sombrinha pode ser uma guarda-chuvinha)

- CHAPÉU legal
Outro acessório chic, bacana, apropriadíssimo no verão. Se você não gosta de sombrinha, use um chapéu. Claro, com bom senso. Ninguém sai na cidade com um sombrero, um chapelão de praia... Mas fica lindo usar chapéu pequeno ou médio, como um belo panamá ou um de palha italiana. Se você faz a linha mais esportiva, use bonés ou aqueles chapéus de pano, tipo pescador. Se cansarem você com piadinhas bobas, faça a louca, estenda o chapéu e ainda peça uma contribuição. E ponto.

- PROTETOR solar
Ah eu sei, o rosto fica até meio branco né, mas precisa usar todos os dias.Tem-que-usar. Com ou sem chapéu, com ou sem sombrinha. É a luz gata... E a luz 'ruim' sabe, do computaor, do escritório, do supermercado, das lojinhas. Eu nem penso nesta história de câncer de pele, confesso, e uso mesmo pra não ficar com a pele do rosto manchada. A gente tem que pensar é em ficar bonita, não em ficar doente, não é mesmo?

- MÃOS de fada
Sim, sim, sim creminho nas mãos todos os dias e com protetor solar também. Compre um já com protetor, ou aproveite o que você no rosto, e espalhe também pelas mãos. Ai muito trabalho? Bote um reparo nas mãos com manchas, tipo sarda. Já viu? D. Sophia, minha mãezinha ensinou: "cuidado para não ter mancha senil nas mãos antes do tempo. As mãos entregam tudo". Entregam mesmo. Se você lava louça, roupa, fez faxina... E não usou creme!  É uma rotina: sempre depois de lavar as mãos, bem direitinho, passa o creminho. Só isso. E eu decretei o fim do álcool gel, ou sei lá qual o nome. Alguém acredita mesmo que adianta lavar as mãos, passar o tal álcool nas mãos e sair pra rua?! Estamos salvos das bactérias?!Ah por favor... Além de não resolver, ainda resseca a pele.

- H2O
Sempre. Água é bom pra tudo. Para beber e matar a sede, ÁGUA! Nada hidrata como ela. Sim eu sei que você e um monte de gente gosta mesmo é de refrigerante, e nada como uma Coca-Cola beeeem gelada. Até posso ouvir o barulho da latinha sendo aberta. Bom, quando isso acontece comigo, sei que exagerei no almoço ou no jantar ou nos drinks. Coca-Cola é bom para ressaca. Bom para enjôo. E só. Ela vicia, engorda, tem química aos montes, dá celulite e barriga. Pense nisso quando abrir a próxima latinha. A água não né... Tão linda, purinha, leve. E se quiser compensar o sofrimento de trocar Coca-Cola por água, tome uma água 'especial', como Perrier, Prata, Acqua Panna. Sinta a diferença.

- Tutti-FRUTI
Sim!  O verão pra mim é tutti-fruti. Tangerina. Cansei do batom cor da boca. E cansei também daquele pó mais bronze. Agora estou na onda dos rosados, corados. É divertido. Comecei a usar e me senti com 10 anos de idade roubando maquiagem da mãe. Experimenta.

- LENCINHO
Mais que necessários são inseparáveis. Tem-que-ter na necessaire: lencinhos para tirar o brilho e o suor do rosto. É assim, você sai para almoçar, protege sua pele de todas as formas. Mas quem anda pela rua, na hora do 'fervo', entre 12 e 15h00, sabe como é. O lencinho vem e te salva. Dá aquela 'secada' na pele. Bonitinho e discreto. Cabe no bolso.Até na capinha do celular. Você pode usar, rapidinho, e ficar livre daquele aspecto 'salve-me estou derretendo'.

- Eu uso ÓCULOS
Este nem preciso falar muito. Mas ainda assim tem quem não use. Inacreditável. Tem campanha pra câncer disso, daquilo, o tal álcool para os milhões de bactérias e ninguém fala de usar óculos escuros. Ele também protege seus olhos do Sol, especialmente onde você não deve usar protetor claro!!! E ele também protege de micropartículas, micropoeiras, microtudo, que podem ir direto para os seus olhos sem que você perceba. E além disso tudo, ainda conferem, sempre, um super look.


- Olha o PASSARINHO
E adotei na shopping bag, já que é shopping bag mesmo, uma leve, fofa e divertida máquina fotográfica Super Sampler, Lomography.  Pra que serve e o que tem a ver com o kit sobrevivência??!! Ah, esta serve pra se divertir e 'flagrar' possíveis cenas inusitadas e charmosas da cidade.

Monday, September 13, 2010

Blade Runner lives

UM DIA passeando pelo Facebook me deparei com o post de um 'facefriend' meio que reverenciando Star Wars. Eu, menina que sou (e quem me conhece sabe) podem até duvidar, mas AMO Star Wars. Assim, em caixa alta. É sério, não é pra puxar conversa com os mocinhos. Posso passar horas conversando com eles de ‘igual pra igual’, tipo conversa de futebol, mas deste assunto não entendo nadinha, então assim, se eu sentar com meninos pra conversar, 'tipo papo de menino', será sobre de filmes de ficção científica, ação, e outros como Sin City, Homem de Ferro...

Star Wars foi um marco na minha vida. Meu primeiro filme. Já tinha visto outros, mas foi este que marcou a entrada do cinema na minha vida. Minha mãe me levou, assistimos no Bristol. Lembro que saí do cinema olhando o céu, procurando estrelas, algo que talvez não tivesse visto antes...

Confesso que fiquei ‘caidinha de amores’ pelo Luke Skywalker. Foi meu primeiro herói. Embora não tivesse realizado na época, eu queria namorar um cara como ele. O Luke era 'o cara'. Foi uma referência de style, mas e principalmente, ‘postura e filosofia de vida’. Pára e congela. O ano era 1979, ou 78. E o que era aquela roupa de cavaleiro Jedi?! Hãhã?? Sensacional. Muito novo.
Como nem tudo é perfeito, existia a princesa Léa. No começo, eu ‘rivalizava’ com ela, sabe?! Estas bobagens de menina... Depois prestei muita atenção nela. Mas isso eu conto depois.


Mas voltando então ao post que inspirou este texto, logo apareceu o post do post e este falava sobre Blade Runner. Claro, naturalmente, os meninos 'disputavam' qual dos filmes era o melhor: Star Wars ou Blade Runner?! Putz!  Assim não vale, pensei, "quero participar deste pipipi testosterona". Acabei dando meus pitacos, mas não o quanto eu queria. E aí uma noite, sentei tranquilamente em frente à TV (coisa rara) e revi Blade Runner pela 4ª vez.

A primeira vez que assisti foi muito tempo depois de ter sido lançado, em 1982, quando eu tinha 15 aninhos. Ainda bem. Se tivesse assistido quando adolescente bem capaz que não tivesse entendido nada e descartado o filme da minha vida. O que não aconteceu. Quando vi, a década de 80 já estava terminando. Foi no cine Astor. E foi outro marco do cinema na minha vida. Saí com mil questionamentos. Anos se passaram e quando finalmente saiu a versão do diretor, em DVD, fui lá e comprei.
Agora, se você está meio confusa/o com este blábláblá todo, ou nasceu na década de 80, ou era criança, tinha menos de 10 anos e nunca ouviu falar de nada disso, por favor, minimize esta janela, dê um Google em Star Wars. Depois em Blade Runner. Veja também ‘replicantes’. Depois que passar os olhos pelas imagens e dar uma lida rápida nos textos, pode voltar para este texto.

Star Wars e Blade Runner são filmes incríveis. Eles são o 'must have do cinema'. Existem 'n' razões para eu afirmar isso. Star Wars por exemplo tem estudo sociológico (O Poder do Mito de Joseph Campbell). Mas hoje, pensando nos dois filmes, quero falar sobre suas heroínas. Sobre as personagens femininas.

Em Star Wars, a Princesa Léa, pela qual Skywalker se apaixona, não era uma princesa comum. Lembro dela na primeira cena, transgredindo as regras, ela era princesa mas prisioneira... Vestia uma túnica, despojada (cara da FIT sabe?!) e um cinto, ‘tipo corda’, displicentemente amarrado. Ok, o cabelo, era um caso a parte. Mas ninguém pode negar que ela segurava a onda daquele cabelo. Além disso, até então, eu não tinha 'conhecido' nenhuma princesa tão inteligente, independente, que negociava política, tinha dois robôs, e ainda pilotava naves espaciais!!!! Nada de princesa aborrecida, dorminhoca, esperando o príncipe, comendo maçã, cantarolando com os passarinhos e vivendo com anões ou fazendo trança nos cabelos. E muito menos, nem enchendo a cara e namorando meio mundo como a Stéphanie de Monaco naquele tempo (e devo confessar, eu adorava a Stéphanie!). A princesa Léa era uma princesa guerreira. E aí mais que namorar o Luke, eu queria mesmo é ser como ela.


Quando revi Blade Runner, fui me surpreendendo com suas personagens. E hoje entendendo como elas foram importantes na minha vida. Na vida de todos nós talvez, e claro, para o cinema e para a moda. 

Começamos com a replicante, ou andróide, Zhora, interpretada por Joanna Cassidy. Eu romântica que sou, não tinha me dado conta quão poderosa é esta personagem. A cena que ela aparece é muito breve, infelizmente, mas intensa o suficiente. Primeiro ela aparece nua, com uma cobra enrolada no corpo e coberta por algumas escamas. Depois ela aparece num look incrível, inspirador para qualquer fashionista: um biquíni ou underwear preto, estruturado, com uma bota de cano longuíssimo tipo mosqueteiro, e um raincoat transparente. Lindo! E claro, cabelão. Como se usava nos anos 80.

E depois vem Daryl Hannah, no papel da replicante Pris. Sensacional. Moleca, divertida, pervertida. E vale dizer, ela sim foi precursora do ‘bocão’ (Angelina Jolie sabe disso?). Pena que não lembraram muito de Daryl Hannah depois... Só an passant quando namorou aquele gato do John John Kennedy. Tarantino até tentou...

Hummm, podem não ter lembrado de convidá-la para outros filmes, mas o fato é que muitos filmes e seus personagens beberam na fonte de Blade Runner. Tem aquela mesma estética futurista de metrópole desordenada, mas sob um governo ou uma ordem repressora, que vigia os ‘que sobraram’ na Terra. Blade Runner vai além e ainda expõe de forma nada previsível, o ‘desenrolar’ da Ásia no Ocidente. Pra não dizer a ‘invasão’ da China.

E voltando em Daryl Hannah ou Pris, quem lembra de “O Quinto Elemento”, de Luc Besson?! Lembrou?! Que tal Milla Jojovich, no papel do ‘tal 5º elemento’?! Quem ela lembra se não nossa Pris de Blade Runner?! Pois é...


E neste caos, o figurino da replicante Pris foi cuidadosamente trabalhado no melhor estilo homeless. Peças rasgadas, collant, polainas, olhos borrados, cabelos desgrenhados. Para mim, mesmo não sendo entendida no assunto, passaria fácil por uma modelo na semana de moda de Paris ou Nova Iorque, e me arriscaria dizer, para um desfile da Balmain.

Já a mocinha do filme, a delicada replicante Rachel, interpretada pela bela e desaparecida Sean Young, aparece em cena com um tailleur impecavelmente estruturado e marcado por ombreiras e um penteado de faria inveja a Princesa Léia.  E apesar de bem feminino é um look com shape militar e ouso dizer que seu penteado faz 'as vezes' de um quepe .

Outro detalhe que me chamou a atenção: Rachel fuma. E a fumaça do cigarro é para mim não apenas significado de sua 'afirmação', como o detalhe decisivo que confere ao filme o clima noir. Estética planejada. E sem querer perder o foco, lembremos de Gattaca, já nos anos 90, e preste atenção em Irene, personagem de Uma Thurman. Qualquer semelhança...


A diferença entre Rachel e as replicantes Pris e Zhora, é que ela, não faz parte ‘dos que sobraram’ na Terra. Assim, como a Princesa Léa, ela faz parte de uma elite. Mas somente num primeiro momento. E aí seu figurino passa por uma mudança, do impecável tailleur para um delicado vestido, com um 'it' oriental. Do penteado estruturado para os cabelos soltos, volumosos e crespos (bem crespos). E o casacão de pele que aparece no começo do filme, é mantido, não só porque cai muito bem como parte do figurino de Rachel, mas também na estética do filme como um todo. Acho que se o PETA atuasse na época, teria tentado proibir o filme.
Estes foram os anos 80 minha gente: cabelão, ombreiras, muita maquiagem. Sexualidade. Heroínas transgressoras. Nada de princesas. Nada de cabelo liso, chapinha, nude, cor da boca.

O fato é que o figurino dos anos 80, e muito retratado pelo cinema, foi transgressor em vários sentidos. Quem viu e viveu, sabe. Foi uma ponte entre as décadas. Tive lá meus modelitos e  me desfiz deles. Mas, vida que segue, no vai-e-vem da moda, as ombreiras voltaram há um tempinho atrás e não me contive e adquiri duas pecinhas para o meu guarda-roupa. Três na verdade. Duas bem no estilo retrô, românticas, e uma mais clean. O pretinho básico, talvez seja uma releitura do tailleur da Rachel.

Ah sim o ano que se passa Blade Runner? 2019...


Vai lá
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=mmoe3PPIuwc
http://www.youtube.com/watch?v=4lW0F1sccqk



Saturday, October 06, 2007

em construção


Não escrevo há tempos, e por mais que já tivesse arrumado todas as "desculpas possíveis", embora a principal seja a dorzinha crônica no meu braço direito, a verdade mesmo é que descobri que estou "em construção". Consequentemente, esse blog também.

Aos 40, beirando os 41, coisas acontecem. Muitas coisas. Não estou só falando dos hormônios, mas da "cobrança diária" que temos (ou eu tenho) com nós mesmas. Para mim, a cobrança gira em volta das coisas que eu quero fazer. ou das coisas que eu preciso fazer. Das coisas que não fiz. E das que eu acho quero, mas não sei se quero... O pensamento pode parecer depressivo, mas não é. Num primeiro momento assusta porque afinal, fazemos contas. É automático. provavelmente aos 40 você terá um número maior de contas para pagar. Pode até receber mais, que aos 20, ou 30, mas em alguns anos, a probabilidade é que você receba menos. Todas as contas mudam, do seguro saúde, da quantidade de cremes... Ainda bem que o seguro de carro diminui para nós mulheres (ufa!).

Mas no fim, a conta "pesada"mesmo é aquela: por que não casei? Ou por que me casei? Deveria ter tido filhos? Porque não fiquei com aquele namorado bacana? E finalmente, quantos anos mais eu tenho de vida?! Será que isso é pensar no futuro ou no presente?! Prefiro ficar com a segunda opção. Porque ela é única que me garante quem eu sou hoje. E assim, quem eu serei sempre.

Estressadinha?! Sim, um pouco, e afinal quem não é?! E 40 anos, uau, é metade uma vida, se você consider e acreditar que possa viver até os 80, 85 anos.

Não me lembro de ter pensado, refletido, tanto sobre isso, com tanta intensidade de sentimento, de altos e baixos, nem na adolescência. Recordo, que quando criança, entre 6 e 8 anos, sonhava com coisas que gostaria de fazer. Além de querer ser aeromoça como toda menina naquela época, imaginava que seria casada, com filhos, mas não tinha tanta certeza, afinal, quando eu tivesse atingido o "auge da idade adulta", estaria no 2000, e esperava-se, que vivessemos já em colônias interplanetares... O que realmente despertava minha curiosidade, e eu tinha uma vontade enorme de entender , era como funcionava o mundo.

Quando assistia à TV buscava muitas explicações e atormentava meus pais, para que me explicassem como o aparelho captava imagens. Existia alguém lá dentro?! Como as pessoas sabiam o que estava acontecendo em lugares além daqueles que eu conhecia. Como chegava a notícia? E como chegava e se materializava...??!! Um dia confessei ao meu pai que eu gostaria de ter uma "televisão gigante". Mas com várias outras televisões menores, para que eu pudesse ver e soubesse tudo que se passava no mundo. Naquele mundo desconhecido.

Hoje, mesmo com a Internet e as possibilidades dos canais de TV, sem contar os outros meios de acesso à informação, sinto um "desassossego". Num primeiro momento, aos 40, parece crise existencial, TPM, depressão. Aí um dia, você entende (I realized) que é apenas a criança dentro de você... Ela não sossega (ainda bem) até que você lembre, retome, estimule e tenha uma atitude em relação as suas vontades, seus desejos e imaginação para fazer valer seus sonhos. Li um dia num artigo* a seguinte frase "sou feita de sonhos, tanto quanto sou feita de ossos".

Fiquei meses com o artigo pendurado na geladeira. Todos os dias eu dava uma olhadinha na frase. E aos 40, I realized. Que venha os 41.

O blog, ainda que em construção, continua no ar.


*Sandra Chemim.