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Tuesday, March 06, 2012

Stressadinhas em "shiiiiii a sessão vai começar"

Uma semana depois da entrega do Oscar, eu ainda estou na vibe do red carpet. Quase não sei conversar sobre outro assunto. Podem falar que é marmelada, que os prêmios europeus é que são sérios, etc. etc. Eu posso até concordar, e confesso, prefiro o formato do Golden Globe, mas continuo curtindo a entrega do Oscar e todo aquele glam, cafona, é fato, toda aquela pasteurização, piadas sem graça, muito pancake, discursos e homenagens previsíveis... E se você, como eu, assiste pela TNT, somam-se a isso a tradução descompassada e os comentários chatos do Rubens Edwald Filho. Um parêntenses:  eu o respeito, mas já deu né minha gente? Ele bem que podia apresentar um substituto ou convidar alguém bacana pra bater uma bola com ele. 


Enfim, não estou aqui pra falar dele, e sim do meu momento Oscar, que começa um mês antes com a maratona de idas ao cinema para dar conta de assistir aos indicados. Amém, a cerimônia acontece sempre depois do Carnaval, o que pra mim representa um feriadão com tempo para o cinema. Amém 2, é noite de domingo. Não saio de casa e só atendo telefone se for pra ficar de pipipi sobre vestidos e outros assuntos afins. Amém 3, este ano foi beeeem mais divertido porque consegui assistir boa parte dos indicados, então pude brincar de Rubens Edwald Filho (e reconheço, no fundo mesmo, eu queria ser como ele). 


O fato que tanto isso é verdade que confesso, em público, a empolgação maior para a 84a cerimônia, e motivo deste post: estou prestes a completar mil filmes já assistidos! Hããã?!!!! Como assim?! Sim mil, 1 mil, 1.000! Já assisti 999 filmes na minha vida! Pode não parecer muito, e não é, se eu me comparar ao Rubens por exemplo, mas se eu fizer as contas e dividir pela minha  idade atual, é como se eu tivesse assistido 22 filmes por ano desde que eu nasci, ou quase dois filmes por mês! O que, claro, não aconteceu, embora eu tenha começado cedo: minha primeira lembrança de filme de verdade é de um filme de ação onde aparecia um homem lindo, de moto, fugindo de algum lugar. Enquanto eu, tentava me manter acordada e fingia dormir ao mesmo tempo, no sofá da sala. Muito tempo depois descobri que este filme de ação era o clássico "Fugindo do Inferno", com Steve McQueen. Me recordo de algumas idas memoráveis ao cinema com a minha mãe, que era apaixonada e quem provavelmente me influenciou pelo gosto amoroso ao cinema: de Topo Gigio a Mazaropi, até chegar em "King Kong" (em sua segunda versão com Jessica Lange e Jeff Bridges), "Tubarão", e finalmente, meu favorito: "Star Wars", aos 11 anos. 


O fato é que, stressadinha e nostálgica que sou, um dia comecei a listar cada filme que eu assistia. Guardava o ticket do cinema ou da locadora, e anotava. Aí comecei a lembrar os filmes anteriores, que bons ou não, não haviam sido anotados. Resolvi dar uma chance pra eles. E nunca mais parei. Não lembro como, quando e porque comecei. Só lembro que não queria nunca esquecer os meus filmes favoritos. E finalmente, chegamos ao dia da cerimônia do Oscar faltando apenas um filminho para completar meus 1.000 filmes! 


Enquanto me encontro neste momento "falta só um", e que seja memorável, compartilho e comemoro dois filmes, os grandes premiados desta noite. Ambos homenageiam o cinema e me fizeram uma pessoa mais feliz nos últimos dias e com vontade de aumentar a lista para  2.000:

- "O Artista", The Artist, de Michel Hazanavicius
por que assistir: porque é mais que ir ao cinema. É mais que assistir a um filme. É uma experiência. Mas, aviso... É mudo. Sim, mudo. E preto e branco. Fui 'desavisada' e fui surpreendida pelo inusitado. Pra quem é tagarela como eu, assistir um filme mudo é difícil.Se eu não estiver falando alguém tem que estar. Mas sou persistente também, paciente e não largo nada pela metade. Grata surpresa. O filme 'segura', o figurino é lindo, e claro, a trilha é inspiradora e dá vontade de sair dançando. Arrisque. Surpreenda-se e assista, "O Artista". É um refresh no cinema.

- "A Invenção de Hugo Cabret", Hugo, de Martin Scorsese
por que assistir: primeiro por curiosidade, afinal, é do consagrado diretor Martin Scorsese. E em segundo lugar porque o filme, assim como "O Artista" é pura nostalgia, emoção, e uma linda homenagem ao cinema. Filme para adultos e crianças. É fato que tem um comecinho arrastado, mas depois ganha fluidez... E poesia. A fotografia é linda, o roteiro é bacana, resgata a magia do cinema!


Peça a pipoca, o chocolate não pode faltar, e shiiiiiiiiiii, a sessão vai começar.